A mídia online já alcançou o status de "mídia tradicional"?

Pode ser que talvez.

11/23/20241 min read

A linha que separava a mídia online da chamada “mídia tradicional” tem se tornado cada vez mais tênue. O que antes era visto como novidade, ou até como uma ameaça ao jornalismo convencional, hoje parece ocupar um espaço consolidado e indispensável na comunicação global. Mas será que já podemos chamar a mídia online de "tradicional"?

Por um lado, a resposta pode ser um "sim" convincente. Plataformas digitais como portais de notícias, redes sociais e serviços de streaming já fazem parte do dia a dia de bilhões de pessoas, muitas vezes superando jornais impressos, rádios e emissoras de TV em alcance e impacto. Para uma geração que cresceu conectada, a mídia online não é apenas relevante — ela é a norma.

Por outro lado, a mídia online ainda carrega traços que a diferenciam da mídia tradicional. Sua rapidez, efemeridade e dependência de algoritmos criam um ecossistema dinâmico, mas muitas vezes instável. Além disso, questões como credibilidade, regulação e monetização continuam sendo desafios que impedem uma equiparação plena com os veículos tradicionais, que construíram suas bases ao longo de décadas.

Talvez a verdade esteja em um meio-termo. A mídia online tem, de fato, ganhado o peso e a legitimidade da mídia tradicional, mas sem perder sua essência: a flexibilidade, a inovação constante e a capacidade de moldar a maneira como consumimos informações.

Portanto, enquanto o debate sobre status continua, uma coisa é clara: mídia online e tradicional já não são rivais, mas sim peças complementares de um ecossistema onde quem vence é o público, com mais opções do que nunca.