Marketing de experiência: Placebo ou funcionalidade?
Talvez nem os mais filósofos saibam responder a essa dúvida.
11/23/20241 min read
O marketing de experiência está em alta. Oferecer mais do que produtos ou serviços e criar momentos memoráveis para os consumidores tornou-se um mantra para muitas marcas. Mas será que essas estratégias realmente impactam o cliente ou funcionam mais como um placebo, alimentando a ideia de que algo especial está sendo entregue?
Para entender essa questão, é preciso considerar como o ser humano processa experiências. Psicologicamente, as emoções associadas a um momento vivido têm o poder de reforçar memórias e vínculos. É por isso que campanhas baseadas em interações sensoriais, storytelling e eventos imersivos tendem a gerar resultados positivos. Elas tocam o cliente de forma pessoal e criam uma conexão difícil de ser replicada por concorrentes.
Por outro lado, existe o risco de o marketing de experiência cair na superficialidade, agindo como um mero artifício para mascarar falhas essenciais, como um produto de baixa qualidade ou um serviço insatisfatório. Quando a experiência não é respaldada pela realidade, o efeito é o oposto: frustração e perda de confiança.
Assim, a funcionalidade do marketing de experiência depende de sua autenticidade. Ele é poderoso quando vai além do show e entrega valor real, gerando impacto tanto emocional quanto prático. Caso contrário, pode ser percebido como um placebo — algo que encanta no momento, mas não deixa marcas profundas.
No fim, talvez nem os filósofos tenham a resposta definitiva para esse dilema. Mas uma coisa é certa: o consumidor de hoje é exigente e atento. Para ele, experiências marcantes são mais do que um extra; são o padrão que define sua lealdade às marcas.

